O Rio Vermelho

08/09/2011 13:29

 

         Nascendo a 17km da cidade de Goiás, nos contrafortes da Serra Dourada, na região onde primeiro foi descoberto ouro em Goiás (GO) por volta de 1724, durante séculos o território dos indios goiá. Suas nascentes estão prejudicadas atualmente não mais pela mineração (que lhe deu nome devido à lama das lavras) mas sim pelo desmatamento e a agropecuária, com erosões e assoreamentos diminuindo o volume de água na seca e causando enchentes no período das chuvas. A SEMARH estima que 80% das matas ciliares do rio, entre as nascentes e a cidade, foram derrubadas para dar lugar a pastagens. Poluído por esgotos da ex-capital, é cortado na cidade por várias pontes históricas. Recebe depois rios de porte pequeno (Bagagem, etc) e médio ( Uvá etc), constituindo-se num dos principais afluentes do rio Araguaia pela margem direita (onde deságua após 180 km, em Aruanã).

         Há planos do estado para sua despoluição e recomposição das matas ciliares, com o tratamento de esgotos para manter a antiga Vila Boa como patrimônio da humanidade declarado pela Unesco em 2001.

Fonte: https://www.eco.tur.br/ecoguias/goias/ecopontos/rios/vermelho.htm

 

A bacia hidrográfica do Rio Vermelho é uma das maiores e mais importantes sub-bacias do lado goiano da grande bacia Araguaia-Tocantins, juntamente com a bacia do Rio Caiapó, a bacia do Rio Claro, a bacia do Rio dos Bois, a bacia do Rio do Peixe, a bacia do Rio Crixás-Açú, além de outras. Historicamente, a região das nascentes do Rio Vermelho foi alvo da “corrida do ouro”, em meados do século XVIII. Neste período colonial, a mão de obra escrava era responsável pela extração dos minérios auríferos abundantes nos leitos dos rios dessa rede hidrográfica. A partir do século XIX, com o declínio da mineração e com a chegada de migrantes paulistas, mineiros e nordestinos, houve o incremento da atividade de pecuária exportadora e da agricultura por toda a bacia, principalmente em áreas de relevo mais aplainado, como é o caso da médio-baixa bacia do Rio Vermelho.

A implantação de obras de infra-estrutura de transporte nas primeiras décadas do século XX (BR 070, GO 324, GO 173), além da construção de Brasília e Goiânia e das políticas governamentais de ocupação de terras desse período (como o POLOCENTRO - Programa de Desenvolvimento dos Cerrados, de 1975), fizeram com que a fronteira agropecuária expandisse sobre o Cerrado, e conseqüentemente sobre essa bacia, causando problemas ambientais como a degradação de mananciais e o desmatamento.

Devido ao avanço agropecuário e ao desenvolvimento econômico das ultimas três décadas, a bacia do Rio Vermelho sofreu alterações profundas na sua cobertura vegetal original, elemento esse essencial para a estabilidade ambiental de uma bacia hidrográfica.

A bacia em questão possui uma área de 10.824,5 Km², e localiza-se na região oeste do estado de Goiás, entre os paralelos 14°55’ e 16°20’ Sul e os meridianos 50°00’ e 51°30’ Oeste.

Essa bacia abarca os municípios de Aruanã, Goiás, Matrinchã, Britânia, ussara, Itapirapuã, Santa Fé de Goiás, Fazenda Nova, Novo Brasil, Buriti de Goiás e Faina e compreende um grande conjunto de drenagens muito importantes para a região.

 

Através da elaboração e análise de mapas temáticos observou-se que a conversão da vegetação natural se deu segundo as disposições do relevo, concentrando-se em maior parte nas áreas aplainadas da baixa bacia do Rio Vermelho, onde é possível a mecanização (como os pivôs centrais) e onde temos os solos mais férteis. Esse desmatamento atingiu áreas protegidas por lei como as vegetações ciliares e os topos de morros. Entretanto o desmatamento avança também sobre áreas de alta declividade e montanhosas, áreas essas mais frágeis do ponto de vista ambiental por ser mais elevadas e dissecadas, com solos mais rasos e susceptíveis a erosão, alem de serem áreas de recarga do freático e produtoras de sedimentos (fato ligado ao assoreamento dos rios).

Assim, a vulnerabilidade natural da paisagem na região da bacia, principalmente na alta bacia, associada ao desmatamento, uso indevido do solo e descumprimento do código florestal brasileiro invoca um ordenamento ambiental que garanta a manutenção do equilíbrio ambiental e o comprometimento dos mananciais.

A bacia do Rio Vermelho, tão importante para as populações da região oeste do estado, é alvo da falta de compromisso com o desenvolvimento sustentável, a exemplo da cidade de Goiás que sofre pela falta de planejamento atrelada a fatores ambientais, que provocam enchentes de grande porte.

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:v2f0goc5r_IJ:www.eregeo.agbjatai.org/anais/textos/25.pdf+A+bacia+hidrogr%C3%A1fica+do+Rio+Vermelho+%C3%A9+uma+das+maiores&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESiNQHR049rORx3U4LMUNKcz9wa5PE_KJYJAZ5EqRgoNMNOd98Uxm1-4EywxchfmF1KGAtB0fwMWiyTLYz3bvl_6uO_XkJlJcKVJvV6_C4uYkC_mvvNBaYY0YugCqvFfm6PiihhE&sig=AHIEtbRxfrnmf4xqG52tKqBTw7GABDTI8A

XI – EREGEO – SIMPOSIO REGIONAL DE GEOGRAFIA – UFG JATAI - GOIÁS


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